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O Diagrama da Felicidade

INSPIRAÇÃO

DIAGRAMA DA FELICIDADE

Há uns dias, dei de caras com esta imagem no Instagram, pelos vistos inspirada num ensinamento Budista sobre a felicidade. Parece daquelas coisas tão óbvias, que fazem tanto sentido quando vemos, que nos parece uma estupidez nunca nos ter vindo à cabeça. Fui ler mais sobre isto e também quis partilhar aqui no blog, porque acho que realmente nos pode tornar mais conscientes em certas atitudes e momentos da nossa vida.

O que a imagem mostra são 4 estados que nos deixam mais próximas de ser felizes - compaixão, bondade, aceitação e otimismo - e os 4 estados opostos - crueldade, maldade, ansiedade e desesperança. Até aí tudo bem, mas quantas vezes pensamos nos inimigos próximos de cada um desses estados desejáveis? Aquelas coisas que às vezes nos pregam uma rasteira e nos deixam longe de sermos verdadeiramente felizes, mesmo quando achamos que estamos a fazer tudo bem.

Acabei por ler mais sobre outros estados e os seus opostos (o) e inimigos próximos (i):

Amor / Ódio (o) - Apego (i)

Esperança / Depressão (o) - Otimismo excessivo (i)

Sabedoria / Imprudência (o) - Intelectualismo  (i)

Bondade / Maldade (o) - Não impor limites (i)

Aceitação / Negação (o) - Passividade/resignação (i)

Compaixão / Crueldade (o) - Pena (i)

Criatividade / Procrastinação (o) - Desconexão com o eu  (i)

Valorização pessoal / Desvalorização pessoal (o) - Presunção (i)

Sucesso / Desistir antes de tentar (o) - Não desligar (i)

Autonomia emocional / Co-dependência (o) - Medo de se envolver  (i)

Auto-controlo / Descontrolo sobre os impulsos (o) - Falta de espontaneidade  (i)

Identificar estes inimigos nas várias situações da nossa vida é o que nos faz avançar e não ficar amarradas a certos vícios que temos, muitas vezes sem dar conta, porque sempre fomos assim. 

Apego

Aprender a aceitar a natureza volátil de tudo. Não nos amarrarmos a algo e termos aversão à mutação de uma pessoa, lugar ou situação. O que devemos procurar é o amor com desapego, que é incondicional e nos deixa tranquilas. Quando, por exemplo, deixamos de querer o melhor para uma pessoa para acreditarmos que sabemos o que é melhor para ela. 


Otimismo 

Ser demasiado otimista pode ser um mecanismo de defesa para não encararmos problemas iminentes. Podemos ser demasiado otimistas com uma situação, para evitarmos o seu colapso, pode fazer-nos arriscar sem pensar nos verdadeiros riscos, pode fazer-nos dar o benefício da dúvida a alguém que não tem dado provas de merecer.

Intelectualismo 

Quando racionalizamos tudo ao máximo, perdemos aquela trajetória intuitiva que também está repleta de sabedoria. Há que saber colocar um bocado de coração na sabedoria…

Não impor limites

A bondade pode tornar-se no oposto para nós mesmas, se fazemos tudo pelos outros, sem qualquer limite, mesmo que implique sacrificar o nosso bem-estar. É bom pensar nos outros, mas também é bom pensar em si. 

Passividade/Resignação

Não podemos confundir isto com aceitação, porque impede-nos de evoluir e chegar mais longe. Não devemos ser insaciáveis, mas também não nos podemos contentar com algo que não nos preenche a 100%. E é essencial desenvolver a nossa auto-estima para conseguirmos superar isso.

Presunção

Achar que temos direito a coisas boas, que o mundo não está a ser justo connosco e que a felicidade vem de fora. Resistir quando a vida não nos dá o que queremos, o que pode resultar em frustração, medo, raiva, bloqueia a nossa verdadeira capacidade de sentirmos prazer. Não quer dizer que não seja normal fazê-lo, mas não é produtivo. E muitas vezes é só uma forma de nos refugiarmos de algo que não queremos fazer, porque custa - uma conversa difícil, um trabalho que não queremos fazer… 

Isto são só umas luzes para que possa explorar mais estas ideias. Espero que tenham feito sentido para si e que possam ajudá-la a estar mais auto-consciente para não deixar que esses inimigos silenciosos ganhem demasiado espaço.

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